domingo, 21 de fevereiro de 2010

PENSÃO ALIMENTÍCIA: EX-MARIDOS PARA “CASTIGAREM” SUAS EX, ESQUECEM DOS SEUS PRÓPRIOS FILHOS, por Roseane

É impressionante como os homens, em sua maioria (claro! há exceções) “descontam” em suas ex-esposas a pensão que, por lei deveriam pagar a seus próprios filhos, gerados por ambos.


Se o casamento não deu certo por algum motivo, resolvam entre marido e mulher, adultos, amadurecidos. Não “usem” sua obrigação de pai como uma arma para atingir tanto a mãe (sua ex) como aqueles que dependem, financeiramente, de seus genitores, muitas vezes os deixando à míngua como se fossem brinquedos descartáveis que podem ser jogados fora a qualquer momento.


Isso é ser pai, homem de verdade ou um monstro que quer ver “toda sua prole pelas costas”?


Execrável tal conduta quando se trata de um menor, independente, de ter sido o pai, casado ou não, com a de seu filho. Basta ter o DNA de ambos. Esse homem porque me recuso a chamar de pai, tem o dever moral de pensar que aquele ser é seu filho, deve sustentá-lo até a maioridade legal e ponto final!


Quando vejo ou assisto desculpas desses pseudos-pais que a mãe de seus filhos trabalha, portanto, não precisam pagar pensão me dá nojo porque, repito, ele não está punindo a mulher e sim sua própria “carne”, seu próprio sangue ou coração, independente de ser pai biológico ou adotivo.


Querem a todo custo se livrar de suas obrigações legais de pai, envolvendo a mãe de seu filho só para fugir da pensão alimentícia. Se tiver outra família então, aí se esquecem, por completo do ou dos primeiros filhos para se dedicar, somente, aos da atual relação. Quem abandona um filho não tenham dúvidas que os próximos serão os de agora. São homens sem sentimento, sem responsabilidade, egocêntricos e, pior, canalhas!


A lei é muito clara! Independente da mãe trabalhar fora, ter seu sustento, o pai (?) que se isenta ou arruma desculpas esfarrapadas para não cumprir com seu papel deixa de ser um homem de verdade para se transformar num irresponsável, pois não se trata da mulher receber a pensão alimentícia e sim seus filhos gerados com a mesma. Esse subterfúgio é lamentável, digno de homens despreparados para serem dignos até de si mesmos...


Isso, quando não alegam que constituíram nova família tendo outros filhos para sustentar. Que idiotice, falta de vergonha na cara, pois, quando constituiu essa tal nova família já sabia, tinha consciência que outros filhos seus já haviam nascido.


E, desculpem-me a sinceridade: quem esquece que é pai, que tem obrigações não só financeiras mas afetivas por causa de um segundo relacionamento não será um bom pai para esses novos que chegaram. Com certeza, mais lá na frente fará o mesmo com sua atual esposa ou companheira e filhos advindos dessa união. Não tenham nenhuma dúvida disso!


Cadeia de alguns dias é muito pouco para esses homens que se recusam ou usam de todos os meios para se isentar da pensão alimentícia. Deveria apodrecer num presídio comum qualquer até aprenderem a serem homens de verdade, pois, pensam que gerar filhos é sinônimo de masculinidade, quando homem com “H” maiúsculo é aquele que honra suas calças cumprindo com suas obrigações de pai. Isso sim é o que dignifica, o resto é puro processo fisiológico de um pênis. Usem “a cabeça de cima” primeiro antes de gerarem filhos para depois o abandonarem na primeira oportunidade como bichos.


Para esses homens todo o meu desprezo, o meu asco e a minha solidariedade total a toda mulher que educou, sustentou sozinha seu filho, dando a ele todo o amor que necessitavam e, muito mais, pois teve que se desdobrar em duas, pai e mãe!


São Paulo, 21 de fevereiro de 2010-02-2010


Roseane Pinheiro de Castro (Zane)