terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Irã anuncia que os 9 condenados por protestos serão executados

Teerã, 2 fev (EFE).- O Irã confirmou hoje que executará as nove pessoas condenadas à morte por suposta participação nos protestos surgidos após a reeleição do presidente, Mahmoud Ahmadinejad, em junho passado e que causam distúrbios no país desde então.
O primeiro adjunto à chefia do Poder Judiciário, Seyyed Ebrahim Raïssi, disse hoje, em declarações divulgadas pela agência local "Fars", que "todos eles foram acusados de atentar contra a revolução e de participar dos protestos".
"Dois foram executados e os outros nove o serão em breve por participação nos protestos", acrescentou durante uma reunião na segunda-feira em uma mesquita da cidade santa de Qom.
O Irã enforcou na quinta-feira passada Mohamad Reza Ali Zamani, de 37 anos, e Arash Rahmanipour, de 20, acusados de conspirar para derrubar o regime.
Embora ambos tenham sido detidos meses antes do início dos protestos, foram julgados junto aos detidos nos atuais distúrbios.
O chefe do Poder Judiciário, aiatolá Sadeq Larijani, confirmou no domingo que os dois opositores enforcados na quinta-feira passada foram detidos antes das polêmicas eleições presidenciais e eram acusados de terrorismo.
Em declarações divulgadas neste domingo pela imprensa local, o clérigo ressaltou, além disso, que aqueles que forem acusados de "mohareb" (inimigos de Deus, um delito punido no Irã com a morte) serão tratados como merecem.
Nesse sentido, Larijani insistiu que a Justiça iraniana será implacável e "não mostrará clemência alguma com aqueles grupos de "mohareb" que prejudicam a segurança nacional e causam distúrbios na República Islâmica".
"Alguns pensaram que o Poder Judiciário servisse a outra coisa que não a justiça. Essas esperanças políticas são ilegais e contrárias à ética", disse.
O Irã está imerso em uma grave crise política e social desde a reeleição de Ahmadinejad, cujo triunfo eleitoral a oposição reformista considera produto de uma "fraude maciça".
Na repressão dos protestos morreram pelo menos 30 de pessoas, segundo números oficiais, e 72, de acordo com o cálculo da oposição, que também denunciou torturas nas prisões.
EFE

Número de atingidos por chuvas no Paraná sobe para 27 mil

Colaboração para a Folha Online
A Defesa Civil do Estado do Paraná divulgou um novo balanço sobre a situação dos municípios atingidos. Em todo o Estado, 27.047 pessoas tingidas em 24 cidades. Até ontem eram 18 mil afetados em 24 cidades. O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas por corpos em Sengés (PR), onde cinco pessoas morreram em decorrência dos temporais que atingiram a região norte do Estado.
Volume de chuva em regiões do PR foi mais do que o dobro do normal
Chuvas já provocaram cinco mortes no PR; 18 mil são afetados
Dentre as pessoas atingidas, 2.732 estão desalojadas (estão em casas de amigos e parentes) e 13.47 desabrigadas (dependem de abrigos públicos). Também há registro de que 18 pessoas foram feridas, além de 1.764 casas danificadas e 113 casas destruídas em todo o Estado.
Segundo o sargento Moacir de Paula Santos, do Corpo de Bombeiros, a telefonia móvel foi restabelecida. No entanto, os telefones fixos ainda não funcionam. "O abastecimento de água está em 80% e a energia elétrica está funcionando em quase toda a cidade. A base de comando em Jaguariaíva foi desmontada e uma equipe permanece em Sengés para orientar a população sobre a reconstrução do município", afirmou o sargento.
Ainda de acordo com o bombeiro, a cidade permanece isolada em decorrência de quedas de barreira e desmoronamento nas rodovias PR-151 e PR-239.

Chuvas fazem mais de 26 mil pessoas deixarem casas em SP; 70 morreram

da Folha Online
As fortes chuvas que atingem o Estado de São Paulo desde o mês de dezembro do ano passado já fizeram com que mais de 25,7 mil pessoas deixassem suas casas em todo o Estado, de acordo com balanço da Defesa Civil divulgado nesta terça-feira. Além disso, 70 pessoas já morreram em decorrência das chuvas desde 1º de dezembro.
De acordo com a Defesa Civil, do total de pessoas fora de casa, cerca de 21 mil estão desalojadas --estão em casas de parentes e amigos-- e outras 5.700 estão desabrigadas, ou seja, dependem de abrigos públicos. Ao todo, 154 cidades foram afetadas e 34 decretaram emergência, além de duas que estão em estado de calamidade pública.
Já as mortes chegaram a 70 ontem, com o localização do corpo de um jovem de 28 anos que estava desaparecido desde o último dia 26 após ser levado por uma enxurrada na cidade de São Roque (66 km de São Paulo). Uma outra pessoas permanece desaparecida em Alumínio (79 km de SP).
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a cidade de São Paulo terminou o mês de janeiro com um acumulado de chuvas 0,9 milímetros menor do que o recorde histórico de 481,4 mm, registrado em janeiro 1947. Foram registrados 480,5 mm de chuvas durante todo o mês.

Após 10 anos, França inicia julgamento da tragédia do Concorde

A companhia aérea americana Continental Airlines e cinco técnicos irão a julgamento a partir desta terça-feira por conta da tragédia do Concorde, que matou 113 pessoas há quase dez anos.
Em julho de 2000, o jato supersônico da Air France decolou em chamas do aeroporto Charles De Gaulle, em Paris, para cair logo em seguida sobre um hotel. Todos os passageiros e tripulantes do avião, assim como quatro pessoas que estavam no solo, morreram.
As chamas em uma das turbinas e em uma das asas do Concorde teriam sido iniciadas depois que o jato passou por cima de uma lâmina de metal deixada por uma outra aeronave.
Como o avião que derrubou essa peça na pista era da Continental, quem está sendo processada é a companhia americana, assim como quatro de seus funcionários na época do acidente, e não a Air France.
O acidente
Em dezembro de 2004, uma investigação judicial concluiu que o desastre ocorreu porque um avião DC-10 da Continental Airlines, que havia decolado minutos antes, deixou na pista uma lâmina de alumínio que pesava 4,5 quilogramas e tinha 43 centímetros de comprimento.
O Concorde teria passado por cima dessa peça. Com isso, um de seus pneus explodiu e seus restos perfuraram o tanque de combustível, que pegou fogo.
Como o supersônico estava muito rápido, os pilotos não puderem parar, preferindo decolar e tentar um pouso de emergência num aeroporto próximo. Mas, antes disso, eles perderam o controle do avião, que caiu sobre um hotel na cidade de Gonesse.
Todos os 100 passageiros e os nove tripulantes do avião que rumava a Nova York morreram.
O julgamento
Em março de 2008, um promotor entrou com pedido na Justiça francesa para processar os possíveis responsáveis pela tragédia por homicídio culposo.
Além da própria Continental, os réus são: John Taylor, mecânico que teria ajustado a peça no DC-10; Stanley Ford, chefe de manutenção da Continental; Jacques Herubel, ex-engenheiro chefe da empresa americana; Henri Perrier, então chefe da divisão aeroespacial da companhia; e Claude Frantzen, ex-membro do órgão regulador da aviação civil francesa.
Os réus alegam que o Concorde já estava em chamas antes de ele passar por cima da lâmina metálica, ou seja, a causa do incêndio foi outra. Na visão deles, o supersônico não estava em condições de voo.
Em sua defesa, eles apresentarão testemunhas que teriam visto o início das chamas antes do ponto em que a peça estava.
O julgamento no Tribunal Correcional de Pontoise, nos arredores de Paris, está programado para durar 53 dias, mas estima-se que não deve terminar antes do final de maio.
BBC Brasil

STF nega pedido para suspender ação contra Edir Macedo

 O Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou pedido de uma empresária ligada à Igreja Universal para suspender ação contra o bispo Edir Macedo e outras nove pessoas que tramita na 9ª Vara Criminal de São Paulo. A reclamação, proposta por uma das denunciadas no caso, Alba Maria Silva da Costa, alegava que o caso já havia sido julgado pelo STF em outra ocasião e que havia sido arquivado pelo tribunal.
O caso ao qual se referiam os advogados da denunciada era um inquérito que envolvia o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), arquivado por falta de provas. Alba Costa, Edir Macedo e as outras oito pessoas respondem na Justiça de São Paulo por evasão de divisas, manutenção de cotas no exterior sem conhecimento da autoridade federal competente e sonegação fiscal.
O ministro Ricardo Lewandowski, responsável pelo arquivamento do processo contra Crivella, rejeitou o pedido de Alba Costa. Segundo ele, os fundamentos que dão base à nova denúncia são distintos dos analisados no inquérito anterior, que tinha também a empresária entre os investigados.
De acordo com o ministro, o processo anterior apurou supostos crimes cometidos entre os anos de 1992 e 1994. Já na nova denúncia, as ações criminosas investigadas se deram entre os anos de 1999 e 2009. "Concluiu-se, dessa forma, que não se tratam dos mesmos fatos, como quer a reclamante, pois a nova denúncia traz supostas condutas típicas ocorridas em épocas distintas", afirmou Lewandowski.
Redação Terra