terça-feira, 17 de novembro de 2009

INSANIDADE! POR ROSEANE, ZANE.

Insanidade!

Não há mais como lutar!

Não há mais como gritar!.... a minha insanidade foi sonhar ser juíza dessa Polícia Militar, na qual convivo desde que nasci e defendê-la dos homens que fazem da farda um trampolim para abusos e falcatruas, decidindo a vida das pessoas como quem joga truco, blefando e apostando na próxima vítima a torturar. E o pior, com o aval do "poder" que lhes foram conferidos.

Delírio? Talvez sim! Por acreditar que honestidade e dignidade (como diria meu pai), seriam adjetivos necessários, para ajudar esse País a ficar "melhor" e mais "respirável"...

Confesso que não mais reúno condições de "brigar" contra um Sistema onde vence quem se sujeita a ser comandado e monitorado por pessoas que anunciam aos quatro cantos que são deuses e podem tudo!!!! e esse tudo, inclui eliminar, por qualquer meio, aqueles que ousam divergir julgando de acordo com sua própria consciência, usando, apenas o conhecimento técnico e o livre arbítrio sem deixar sequelas de acordos malfadados à destruição de vidas de terceiros ou ao escárnio de pessoas de bem!

Dispenso menções de solidariedades, apoios ou, até mesmo ser considerada uma vítima. Quero sim, deixar esse "escrito" para que mais tarde meus filhos e os poucos amigos que restaram, leiam e entendam o porquê a Roseane, mulher, que um dia, jurou julgar de acordo com a Lei e a prova dos autos, foi declarada incapaz, mentalmente, por um Tribunal Militar que ela mesma desafiou por ter sido uma magistrada leal e honrada, sem amarras de qualquer espécie.

Que essa loucura que irão atestar para manchar meu nome e, que talvez eu não mais aqui me encontre para presenciar, seja o estopim para a descoberta, pela sociedade, de que o único delito que cometi foi o de acreditar que hombridade e honradez fossem os atributos necessários para combater a corrupção, o arbítrio e o autoritarismo, ainda tão dominantes e impunes em nosso País.

Zane

Publicado no Recanto das Letras em 26/06/2005

Código do texto: T27918

HÁ 43 AÇÕES CONTRA LEI ANTIFUMO DE SÃO PAULO

A guerra entre os que defendem e contestam a lei que proíbe fumar em locais fechados de uso coletivo já contabilizou 43 pedidos de liminares no Judiciário. Os dados são da Procuradoria Geral do Estado desde que a lei entrou em vigor, há três meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Judiciário tem decidido a favor do governo do Estado nas liminares. Do total de pedidos judiciais feitos, 79% já foram julgados e negados. Ainda estão tramitando outras sete ações, movidas especialmente por sindicatos em nome de bares e restaurantes.

O mérito da lei, que prevê multa de R$ 792,50 a R$ 1.585 ao proprietário e até o fechamento do estabelecimento a partir do terceiro flagrante, ainda não foi avaliado pelo Supremo Tribunal Federal. Uma das ações questiona no STF, em Ação Direta de Inconstitucionalidade, apresentada pela Confederação Nacional do Turismo (Cntur), a constitucionalidade da lei.

Em parecer, a Advocacia-Geral da União afirma que a legislação paulista é inconstitucional, já que a competência para regular o assunto é federal. A lei paulista está na fila para ser julgada pelos ministros do Supremo.

Revista Consultor Jurídico, 16 de novembro de 2009

http://www.conjur.com.br/2009-nov-16/lei-antifumo-alvo-43-processos-judiciario-sao-paulo