sábado, 16 de janeiro de 2010

ONU: TREMOR NO HAITI TAMBÉM DESTRUIU CIDADES DE LEOGANE, GRESSIER E CARREFOUR

Genebra, 16 jan (EFE).- A cidade haitiana de Leogane, a oeste de Porto Príncipe, teve 90% de suas construções destruídas pelo terremoto de terça-feira, revelou hoje uma fonte da ONU.
Elizabeth Byrs, porta-voz do escritório humanitário das Nações Unidas (OCHA, na sigla em inglês), disse à Agência Efe que entre 5 mil e 10 mil pessoas morreram na localidade, que tinha 134 mil habitantes.
Segundo dados da Polícia local citados pela funcionária, "os corpos dos mortos ainda não foram tirados dos edifícios destruídos" e a cidade precisa urgentemente de "equipes médicas, alimentos e barracas".
Já Gressier e Carrefour, com 25 mil e 334 mil habitantes, respectivamente, viram "entre 40% e 50% dos edifícios" irem abaixo, destacou Byrs.
Em Gressier, onde os cadáveres também permanecem nas ruas e em meio aos escombros, um dos edifícios destruídos foi o da Polícia.
Já na cidade de Carrefour, uma equipe de socorristas trabalha no resgate de feridos e "há acesso à comida e restrições no acesso à água". Porém, falta "atendimento médico", segundo Byrs.
A porta-voz destacou que, desde o terremoto, 27 equipes de busca, com um total de 1.500 membros e 115 cães farejadores, trabalham para tirar pessoas presas nos escombros dos prédios que caíram.
Até a noite da sexta-feira, "58 pessoas foram resgatadas com vida", acrescentou a funcionária, segundo quem as buscas continuam.
No momento, uma das principais preocupações da ONU é com o "transporte, as comunicações e a falta de gasolina".
"A gasolina está acabando e faltam ambulâncias para transportar os feridos. Todos os meios alternativos possíveis para transportá-los estão sendo utilizados", acrescentou Byrs.
A porta-voz da OCHA se mostrou angustiada com o destino de inúmeros funcionários da ONU no Haiti, onde quase 200 deles estão desaparecidos.
"O diretor de nosso escritório em Porto Príncipe perdeu a mulher e os filhos no terremoto", disse Byrs, à beira das lágrimas.
 noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2010/01/16/ult1809u18763.jhtm

ACUSADO DE MATAR GARÇOM EM 2007 É CONDENADO A 18 ANOS DE PRISÃO EM SP

da Folha Online
Três dos cinco acusados de matar o garçom John Clayton Moreira Batista, 19, na região dos Jardins, em São Paulo, foram condenados na madrugada desta sexta-feira.
Peterson Caldeira da Silva foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado --ele foi acusado pela autoria do crime. Felipe de Lima Amorim e Felipe Navarro foram condenados a 16 anos de prisão em regime fechado cada um pela participação no crime.
O crime ocorreu em junho de 2007. O julgamento começou quarta e terminou na madrugada desta sexta no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo).
Batista foi morto com uma facada durante uma briga no bar Morro Branco, na esquina da rua da Consolação com a alameda Lorena.
O garçom estava acompanhado por dois amigos quando uma adolescente de 17 anos pediu um isqueiro. Um dos amigos disse que não tinha, mas o outro emprestou o objeto. A adolescente, porém, teria deixado o local xingando o rapaz.
O crime ocorreu minutos depois, quando a garota voltou ao bar com um grupo --que tinha integrantes caracterizados como punks. Clientes correram para a rua. O garçom tentou se refugiar no interior do bar, mas foi alcançado e atingido no peito
Os outros dois acusados de matar o garçom vão ser julgados em março.

Rebelião em penitenciária do Paraná termina com cinco mortos

Presos da Penitenciária Central do Estado (PCE) do Paraná, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, encerraram na tarde desta sexta-feira (15) a rebelião iniciada ontem por volta das 21h. A Polícia Militar confirma cinco mortes.
O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, afirmou em entrevista coletiva após encerrada a rebelião, por volta das 16h, que foram retirados cinco corpos do presídio depois de uma varredura. Um dos presos foi ferido com gravidade e diversos tiveram ferimentos leves.
A exigência para a liberação dos reféns foi a garantia de que presos de outros Estados ou regiões mais distantes deverão ser transferidos para penitenciárias mais perto de onde eles moram. Os dois agentes penitenciários mantidos como reféns já foram liberados e não ficaram feridos.
O comandante disse que ainda não há confirmação, mas que os presos podem vir a ser transferidos, já que a rebelião provocou estragos nas galerias da penitenciária. Uma das possibilidades seria o presídio do Ahú, que está desativado, no centro de Curitiba.
No início da tarde, Carstens negou qualquer relação entre a rebelião e a saída dos agentes que ajudavam na segurança interna do presídio desde 2001. Funcionários da penitenciária alertaram sobre a possibilidade de motim no caso de retirada dos policiais no início desta semana.
"Não tem relação direta. Os agentes precisam entender que era preciso reforçar a atuação dos policiais em outras áreas de Curitiba e região. A causa da rebelião é a briga entre facções rivais", disse o comandante, que investiga se algum funcionário facilitou a entrada de armas brancas no presídio.
A rebelião aconteceu justamente no período em que policiais militares deixaram de ajudar na segurança da PCE, para atuar na Operação Verão e reforçar a segurança no Estado. Os policiais militares ajudavam na segurança interna desde 2001, quando uma rebelião deixou um saldo de quatro mortos (um agente e três detentos). A PCE abriga cerca de 1.500 presos em um espaço projetado inicialmente para 500 pessoas.
Os rebelados exigiram a presença de um juiz, dos jornalistas e radialistas e a participação de representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nas negociações. A secretária da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR, Isabel Kugler Mendes, disse que oito detentos feridos foram retirados em uma ambulância.
Até o fim da manhã desta sexta-feira (15), os presos reivindicavam transferência para presídios mais próximos de suas casas, modificação no sistema de visitas, verificação de penas e mais tempo para banho de sol.
*Com informações de Eduardo Correa, especial para o UOL Notícias em Curitiba, e Secretaria de Segurança Pública do Paraná