sábado, 6 de março de 2010

De volta ao País, Hosmany Ramos ficará preso no interior de SP

Cícero Affonso e Chico Siqueira
Direto de Junqueirópolis
O transporte do ex-cirurgião plástico Hosmany Ramos no Aeroporto Estadual de Presidente Prudente, 565 km a oeste de São Paulo, foi muito rápido na manhã deste sábado. Do local, ele foi levado para a penitenciária do município de Junqueirópolis, 638 km a noroeste da capital paulista, onde chegou às 13h10. O ex-cirurgião foi preso na Islândia com o passaporte do irmão.
No dia 26 de fevereiro, o Ministério da Justiça confirmou que a Suprema Corte da Islândia havia autorizado a extradição do ex-cirurgião plástico brasileiro, preso no país desde agosto do ano passado. Hosmany foi condenado a 47 anos de prisão por assassinato, sequestro e roubo e está foragido da Justiça brasileira desde dezembro de 2008.
Escoltado por agentes da Polícia Federal, Hosmany chegou, às 5h51, no Aeroporto Internacional de São Paulo, Cumbica, em Guarulhos, oriundo de Londres em um voo da TAM. Ele permaneceu nas dependências da PF no próprio aeroporto até embarcar em um voo de carreira da empresa Passaredo para ir até Presidente Prudente.
A aeronave taxiou no pátio do aeroporto em Prudente às 11h49. Agentes da Polícia Federal aguardaram o desembarque de todos os passageiros e o preso foi retirado por último da aeronave.
Vestindo roupas pretas com capuz e óculos escuros e barba branca, Hosmany foi retirado alegemado da aeronave e colocado no compartimento de presos de uma viatura da Polícia Federal. Uma segunda viatura, com mais quatro agentes da PF, escoltou o carro que o levava. O comboio seguiu rapidamente pela rodovia Assis Chateaubriand (SP-425) e em seguida pela Júlio Budiski (SP-501), com destino a penitenciária de Junqueirópolis, onde o ex-cirurgião vai permanecer recolhido.
Prisão
Hosmany foi preso em 1981. Em 2008, o ex-cirurgião foi beneficiado com saída temporária de Natal, mas decidiu não voltar para a prisão. Na época, ele alegou ser inocente e disse que sua condenação foi articulada pelo governo militar. Em janeiro do ano passado, Hosmany lançou uma campanha à Presidência da República, com direito a site na internet.
Mas, segundo a legislação eleitoral, detentos em condenação definitiva não podem se candidatar enquanto a pena não for efetivamente cumprida. O ex-cirurgião havia prometido abrir mão do salário e se tornar o "Nelson Mandela" brasileiro.
Especial para Terra

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