domingo, 27 de junho de 2010

Juiz é afastado por suspeita de favorecer servidora

Justiça paulista tem 13 juízes em disponibilidade
Por Fernando Porfírio
O Tribunal de Justiça de São Paulo, por maioria de votos, colocou em disponibilidade o juiz Alípio Roberto Figueiredo Cara, da comarca de Duartina (interior do estado). A decisão foi tomada pelo Órgão Especial, colegiado formado por 25 desembargadores com atribuição política, jurisdicional e administrativa. O juiz responde a processo administrativo disciplinar, ofereceu defesa prévia e recebeu uma pena considerada grave.
Com a decisão, sobe para 13 o número de juízes em disponibilidade na Justiça paulista. O juiz é suspeito de favorecimento a funcionária pública, por não cumprir determinações legais, negligência no exercício da função correcional, paralisação injustificada de processos e uso de servidor e bens públicos em benefício de empresa familiar. No caso dessa última conduta a prova foi apontada como contraditória.
O relator, desembargador José Reynaldo, apresentou seu voto propondo a pena de remoção compulsória do juiz da comarca onde exerce a atividade judicial. O desembargador Ivan Sartori seguiu o relator. Ao final do julgamento, o processo administrativo foi julgado procedente por maioria absoluta (14 votos a sete). Ficaram vencidos os desembargadores José Reynaldo, Paulo Travain, Maurício Vidigal, Boris Kauffmann, Márcio Marcondes, Devienne Ferraz e Cauduro Padin.
Entre as sanções administrativas previstas na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) estão: advertência, censura, remoção compulsória, disponibilidade e aposentadoria. O artigo 28 da Loman diz que “o magistrado vitalício poderá ser compulsoriamente aposentado ou posto em disponibilidade, nos termos da Constituição e da presente lei”.
As penas de advertência e de censura são reservadas para as infrações mais leves. A primeira se destina aos casos de negligência no cumprimento dos deveres do cargo. A segunda serve para reiterada negligência no cumprimento dos deveres do cargo.
A remoção compulsória é uma pena intermediária entre a censura e a disponibilidade. Ela tem como objetivo retirar o magistrado do local onde exerce suas funções. É aplicada nos casos em que o juiz se envolve em situação que o impede de exercer, com autoridade, suas funções.
O processo administrativo disciplinar é de competência da Corregedoria-Geral da Justiça. O juiz em disponibilidade fica proibido de exercer as funções, mas pode ser convocado a atuar a critério da administração do tribunal. Enquanto isso não ocorre, ele recebe seus vencimentos de forma proporcional ao tempo de serviço.
A aposentadoria é aplicada na mesma situação da disponibilidade, com a diferença de que o juiz já tem tempo para se aposentar. Como não o faz voluntariamente, o tribunal pode fazê-lo como sanção administrativa. No caso, seus vencimentos serão integrais, como os dos demais magistrados.
As duas sanções exigem maioria absoluta dos membros do tribunal ou do Órgão Especial. Uma vez imposta, não cabe qualquer recurso na esfera administrativa, nem mesmo pedido de reconsideração. A única saída para o acusado é recorrer ao Judiciário.
Não é permitido, no âmbito administrativo, impor a pena de demissão porque apenas sentença judicial transitada em julgado pode fazer isso. Em outras palavras, a demissão é resultado de condenação criminal, cuja pena seja maior que quatro anos ou que tenha motivação expressa ou por força de uma ação civil.
PAD 14.990/2007
Consultor Jurídico

7 comentários:

  1. Conheço esse Magistrado há anos e tenho certeza que tudo isso é perseguição de alguns incompetentes da cúpula do Tribunal, eu sei muito bem o que ele passou lá em Duartina com alguns invejosos, pra não falar outra coisa. Ninguém da valor pra nada só sabem invejar o que a família dele conseguiu construir, e de uma forma honesta. Lembro que ele comprava computadores caros com o seu próprio salário para informatizar o Fórum. Meus amigos advogados falam que Duartina agora está uma bagunça com processos atrasados, antes era tudo mais ágil e rápido. Na minha opinião isso é um absurdo e quem sai perdendo é o próprio Tribunal. A inveja mata pessoal.
    Lá no Tribunal não tem processos atrasados, estão muito bem informatizados é um Tribunal de primeiro mundo...

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  2. Ah, será que ele favoreceu mesmo a funcionária. É engraçado isso, até outro dia tinha Magistrados, Deputados entre outros que colocavam e favoreciam sua familia inteira em cargos. Alguém viu o processo, cadê?!

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  3. Acho um absurdo esse acontecido. Conheço a história desse magistrado e toda a sua família. Para mim, isso é inveja de pior grau. Quiseram culpá-lo de coisas que realmente não são verdadeiras. Até os próprios moradores da pequena Duartina comentam que depois que o magistrado saiu, tudo na cidade ficou bagunçado. Acho que é intriga da oposição. Mas o mundo está assim, os honestos acabam pagando pela inveja de gentinha fracassada. Na verdade, sempre admirei o trabalho desse magistrado aqui na cidade, afinal, ele sempre agiu de forma honrosa com a comunidade. É uma pena que as pessoas não deem valor. A verdade é que a justiça precisa mostrar trabalho, mas que mostre um bom trabalho e pelo visto não o fazem direito. Acabam punindo os honestos e deixando livres os desonestos. Desde quando o provérbio está certo, ''a justiça tarda mas não falha''... Não vejo nada com mais falhas que a justiça do nosso país!

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  4. Quanto à indagação do colega anônimo, postada em 1 de julho, a resposta é: o processo referente ao caso acima encontra-se no Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo.

    Abraços da
    Zane (Roseane)

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  5. Voces estão enganados, conheço esta sujeirada a fundo e ele não é santo não!

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  6. E você viu o processo Roseane?? Sabemos muito bem como é a mídia, gosta de um barulho. Pela morde de deus, isso é uma besteira das grandes. O Tribunal do Estado de SP é o mais lento de todos. Pelo que sei está tudo errado e o TJ vai levar umas nulidades na cabeça. Não existe mais prazo nos processos? A inveja é uma m..., só pq a empresa da familia dele faz sucesso resolveram pegar no pé. Mas pelo que sei, agora ele está mais que tranquilo, pois aposentou. Agora sim o pessoal vai ficar com mais inveja, pois ele vai poder ganhar mais dinheiro e ficar um pouco mais milhonário. Enquanto isso alguns magistrados tem que ficar puxando o saco do TJ para não correr o risco... É a vida...

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