sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

ONU: Haiti tem 30 mil desabrigados e 10% da capital destruída

Um total de 300 mil pessoas estão desabrigadas após o terremoto devastador no Haiti, que destruiu 10% dos imóveis da capital do país, Porto Príncipe, informou a ONU nesta sexta-feira em Genebra.
Quase de 3,5 milhões de pessoas moravam nas zonas afetadas pelo tremor de 7,0 graus de terça-feira, também de acordo com Escritório de Assuntos Humanitários (OCHA) da Organização das Nações Unidas.
No entanto, o OCHA não quis informar um balanço de vítimas. Segundo o Escritório, a Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) acredita que algumas áreas foram destruídas em 50%, com vários edifícios desabados.
De acordo com a Cruz Vermelha, o terremoto teria provocado entre 40 mil e 50 mil mortes. A ONU informou ainda que recebeu promessas de ajuda para o Haiti no total de US$ 268,5 milhões.
As promessas foram feitas antes do pedido urgente de ajuda que a ONU fará nesta sexta-feira, informou Elizabeth Byrs, porta-voz do OCHA.
Entre os principais doadores aparecem Estados Unidos (US$ 100 milhões ), União Europeia (US$ 4,37 milhões), o Banco Mundial (US$ 100 milhões), Austrália (US$ 9,3), Brasil (US$ 5) Grã-Bretanha (US$ 10), Canadá (US$ 4,8), China (US$ 1), Dinamarca (US$ 1,9), Finlândia (US$ 1,8), Alemanha (US$ 2,17), Itália (US$ 1,46), Holanda (US$ 2,91), Espanha (US$ 4,37), Suíça (US$ 1,9).
Terremoto
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.
Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. O presidente haitiano, René Préval, afirmou que pelo menos 7 mil pessoas mortas no terremoto já foram enterradas em uma vala comum. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.
Morte de brasileiros
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.
O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.
A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4206603-EI14687,00-ONU+Haiti+tem+mil+desabrigados+e+da+capital+destruida.html

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