quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Policial militar, se não quiser presenciar seus entes queridos serem tratados como lixo,olhados com desdém e pouco caso por médicos do PS, jamais os levem-nos ao Hospital Cruz-Azul de São Paulo. Por Roseane

Se você, policial militar, não quiser presenciar seus entes queridos serem tratados como lixo e, pior, olhados com desdém e pouco caso por aqueles médicos do Pronto Socorro, jamais levem-nos ao Hospital Cruz-Azul de São Paulo que, com certeza ou sofrerão muito mais porque ninguém fará nada por eles ou os enfermos podem morrer, lentamente por descaso de todos que fingem trabalhar. Allí é tudo ffachada, mas o sistema não funciona...

Tive a infelicidade de ter que me deslocar na data de ontem, 27, por volta das 22 horas, às pressas com minha avó de quem sou a representante legal (meus pais são falecidos) que estava agonizando de dor, um mal estar que não conseguia explicar. Pasmem vocês, trata-se de uma senhora de 92 anos que além de ter que brigar para que fosse atendida, tendo em vista o Estatuto do Idoso, houve a necessidade de ficar outra pessoa preenchendo a ficha com todos os seus documentos, como se não bastasse sua carteirinha onde pago, mensalmente, uma quantia de mais de R$ 600,00 para que a mesma seja bem assistida (só no papel, na prática o que passei não desejo a ninguém e fico pensando nesses pobres policiais militares que não têm "voz" o que devem passar ao levar seus filhos, mães ou esposas para serem (des) atendidos.

Já começou que mandaram ir para um corredor onde não sabia que lado tomava perguntando a uma enfermeira aonde levava minha avo, apontando-me com o dedo e eu, sozinha a levei até uma sala chamada Observação (deve ser para que eles observem o sofrimento dos doentes à distância). Lá, uma enfermeira queria, para mais espanto meu que essa senhora de 92 anos, gritando de dor se levantasse e sentasse na cama SOZINHA, isso mesmo, sozinha. Argumentei que suas pernas não aguentavam e, mais uma vez ví uma mulher se dizendo enfermeira pegar minha avó desajeitadamente, tirá-la da cadeira, machucando-a, fortemente na canela.

Alí naquela sala não havia um cobertor, travesseiro, sequer água, tendo essa que vos fala sair à procura de tais objetos essenciais para um doente, da mesma forma que presenciei outros acompanhantes fazerem o mesmo.

Após, mais de 30 minutos de espera, eis que aparece um homem que não se identifica como médico, sequer dá boa-noite e do "alto de sua soberba" começa a fazer perguntas em tons técnicos como, primeiro se minha avó pudesse ouví-lo (ela está quase surda de um ouvido) e, pior como se, também fosse médica. Disse-lhe que a mesma era surda, que eu era a responsável legal e comecei a dizer os sintomas dela ao que esse homem em sua prepotência, arrogância disse-me que queria ouvir dela. Mais uma vez, argumentei que além dela não saber explicar tinha medo de ser internada e ser picada com injeções e similares, o que é óbvio para uma senhora de 92 anos ter esses medos e receios, por isso, nada dizia e esse médico (?) não me ouvia, ignorava-me, completamente, quando, perguntei, porque o senhor não me ouve?
Sabem o que ele me disse, teve a desfaçatez de falar? Oras, ela disse que tem mal-estar, isso todos mundo tem....

Argumentei que não era nada disso, ela só não sabia explicar e, mais altivo como se fosse um deus (minúsculo) disse-me em tom sarcástico: se ela estiver mentindo, vou interná-la ao que, incontinenti, minha avó que já estava mal ficou pior ao ouvir a palavra internação. E, mais, disse que eu não era ninguém, ele era o médico e eu que ficasse quieta, quando os outros acompanhantes ficaram revoltados pela forma com que fui tratada.

Diante disse fui atrás dele pedindo explicações do que ele iria fazer com minha avó e sabem, o que dessa vez escutei, quase caindo de costas? Que ele não falava com uma louca, que eu era louca, repetindo várias e várias vezes na presença de, no mínimo mais de 10 pessoas. Creio que em toda a minha vida nunca fui destratada daquela forma e imaginando o que os coitados dos policiais militares devem passar alí.

Voltei correndo para a sala da observação onde meu tio (filho dela)  acalmava minha avó diante de seu desespero, medo, paura porque, infelizmente, uma senhora de 92 anos ouviu por mais surda que fosse pelos gritos do médico comigo no corredor tremia, suas dores e mal-estares aumentaram, implorando para ir para outro hospital porque havia sido destratada pelo médico e eu, também.

Resumindo, como se ele estivesse num jardim da infância, começou a olhar todos os demais pacientes, renegando, abandonando minha avó, sequer chamando outro médico para socorrê-la, quando, diante do pouco-caso daquele hospital, da iminência de ver minha avó piorar mais (impossível, porque mais um pouco daquela longa e interminável espera sem atendimento médico de urgência, pior, num Pronto socorro que é para isso mesmo, veríamos seu óbito).

Eu e meu tio a tiramos de lá sem que ninguém se desse conta ou mesmo fizesse menção de socorrê-la sem atendimento médico algum. Puro descaso, omissão de socorro, negligência médica e a levamos a outro hospital.

Esse é o Sistema de Saúde da Cruz Azul de São Paulo, onde se tira dinheiro de seus policiais militares e, quando eles mais precisam, são tratados ou seus familiares como lixo, como um NADA porque toda aquela entrada, seguranças por toda a parte, luxo é somente uma fachada, pois, por dentro, enfermeiras e, principalmente, esses médicos plantonistas nada fazem, limitam-se a mandar as enfermeiras, também despreparadas a fazer os exames que até eu como leiga faria e quando vão ao doente ou ele já faleceu ou dão-lhe um medicamento qualquer para justificar que fizeram algo.

Que tal, esse tal de Doutor Cláudio levar a mãe dele para a Cruz-Azul para ser atendida se ela precisar de socorro médico? Não, não sou tão ruim ou vingativa assim, porque não desejaria para meu pior inimigo ver um semelhante ser tratado com desdém, pouco-caso, sarcasmo e, pior, com prepotência por um médico igual a ele...

Lamentável Cruz Azul de São Paulo saber o quanto esse hospital engana tão bem quem não precisa dele e tomara Deus que ninguém venha a precisar......

São Paulo, 28 de janeiro de 2010, às 03:41 hs

Roseane (Zane)
PS: para variar, nada conferi do que digitei porque faço-o com o sentimento. Portanto, mais uma vez, convido os pseudo-intelectuais que o façam...Denuncio o horror da saúde e não fico corrigindo gramática ou ortografia. Isso é para quem tem tempo, eu não tenho....

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