segunda-feira, 12 de outubro de 2009

QUANDO SE ESQUECE OU NÃO VALE A PENA LEMBRAR QUE UM DIA FOMOS ALGUÉM PARA DETERMINADAS PESSOAS...

Hoje por ser um dia dedicado não só às crianças, também à MÃE DAS MÃES, deveria ser um dia para reflexão, procurarmos onde estão os verdadeiros valores cristãos que muitos de nós de há muito já nos esquecemos, sendo um deles, um sentimento que vivo repetindo e, cada vez que vejo que não há mais "espaço" para ele no coração dos seres humanos muito me entristece.
Agora pouco, ví um funcinário que por 15 anos trabalhou, lado a lado comigo, eu, a juíza, ele, o escrevente. O tempo passou e veio a famigerada aposentadoria absurda por insanidade e, fui arrancada da judicatura aos 46 anos sem direito a um devido processo legal.
Até aí nenhuma novidade para quem acompanha minha trajetória de vida.
Só que, ao se dirigir para conversar com esse funcionário que eu tanto presava, confiava, qual não foi a surpresa em vê-lo, sentir sua frieza, sua má-vontade em manter um diálogo, até porque como o preparei muito bem, outro magistrado o "pegou" para trabalhar com o mesmo e, por óbvio deu-lhe um cargo um pouco maior, o de chefe (sic). Na cabeça desse cidadão o porquê conversaria com uma magistrada aposentada? Só porque ela ensinou-lhe tudo que aprendeu até o dia em que Saíram comigo, só porque o defendi de tudo e todos, o acobertei várias vezes de seus erros, assumindo-os como meus e, assim, sucessivamente......
Não continuei, encerrei o diálogo (que diálogo, se estava mais para um monólogo?) e agradeci a DEUS por continuar a mesma Zane que jamais se vendeu por cargo ou promoções, sempre as conseguindo por mérito e concurso e até hoje sou grata até aqueles que num passado distante me ajudaram por mínima que seja a ajuda, jamais quero esquecer um deles sequer, mesmo quem me prejudicou lá na frente.
É lamentável que a ingratidão permeie toda a vida da maioria das pessoas, esquecendo-se que um dia, também foram ajudadas, acolhidas ou mesmo tiveram um ombro amigo para chorar.
Aproveitando o dia de hoje, que Minha Mãe Maria nunca me permita esquecer quem, por mínimo que seja, tenha me estendido as mãos em um momento qualquer da minha existência e que guarde com carinho mesmo que esquecida pela grande ou total parcela desse pessoal as dádivas, os favores, os "carinhos" e as palavras ditas no momento certo.
Aos demais só me resta sentir pena!
São Paulo, 12 de outubro de 2009
Roseane (Zane)

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